Passados seis meses do desastre de Mariana, com a queda da barragem de rejeitos da Samarco, que matou 19 pessoas e causou a maior tragédia ambiental da história do país, a mineradora, uma joint-venture das companhias Vale e BHP Billiton, ignorou todas as sanções aplicadas pelo poder público e segue impune.
As multas ambientais, as indenizações aos atingidos e outras contrapartidas não foram pagas pelas mineradoras. E, enquanto isso, os afetados permanecem seus direitos garantidos.
Já o governo federal, ao invés de priorizar as investigações, a fim de punir os responsáveis e garantir os devidos reparos ambientais, passou a articular um acordo financeiro que prioriza a saúde econômica das mineradoras, com uma multa de R$ 20 bilhões a ser paga num prazo de 20 anos.