A taxa de desocupação no Brasil caiu para 6,4% no trimestre de julho a setembro de 2024, segundo dados do IBGE. É a segunda menor taxa de desocupação registrada desde o início da série histórica da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) em 2012, ficando atrás apenas da taxa de 6,3% observada no trimestre encerrado em dezembro de 2013.
Preocupa, entretanto, o grande número de trabalhadores sem carteira assinada, desprotegidos das leis trabalhistas e previdenciárias.
Indústria e Comércio – O número de trabalhadores no Brasil alcançou 103,0 milhões, um novo recorde na PNAD Contínua.
Os setores de Indústria e Comércio lideraram o aumento no número de ocupados, com altas de 3,2% e 1,5%, respectivamente, no trimestre. Esses dois setores juntos absorveram 709 mil trabalhadores (416 mil na Indústria e 291 mil no Comércio).
O setor de Comércio atingiu o maior contingente de trabalhadores da série, com 19,6 milhões de pessoas ocupadas.
A Indústria se destacou pelo aumento do emprego formal, com crescimento no número de trabalhadores com carteira assinada, principalmente entre os mais jovens. No Comércio, apesar de também haver aumento nos empregos formais, o crescimento predominante foi nos postos de trabalho sem carteira assinada.
Outros setores de atividade mantiveram estabilidade no número de ocupados no trimestre.
Já o rendimento médio real (ajustado pela inflação) dos trabalhadores foi de R$ 3.227 no trimestre encerrado em agosto de 2024, mantendo-se estável em comparação ao trimestre anterior. No entanto, houve um aumento de 3,7% em relação ao mesmo período de 2023.
A massa de rendimentos, que representa a soma total das remunerações de todos os trabalhadores, atingiu R$ 327,7 bilhões. Esse valor permaneceu estável no trimestre, mas aumentou 7,2% em comparação anual, refletindo a melhoria nos rendimentos individuais e o aumento no número de pessoas ocupadas.
Fonte: CONTRICOM